Salvador, 463 anos
E Salvador completa hoje 463 anos. A primeira capital do país, nos tempos do Brasil Colônia, comemora mais um aniversário, com seus moradores enfrentando problemas no cotidiano atrapalhado da cidade - classificada pelo IBGE como centro metropolitano nacional -, seja na ida para o trabalho e a outras atividades ou na volta para casa e convivendo com problemas como a falta de infraestrutura adequada na rede pública municipal de ensino, a carência de um planejamento que preserve o crescimento demográfico da metrópole e, ao mesmo tempo, garanta a qualidade vida dos seus moradores, ou a inexistência de uma política realmente eficiente e eficaz que otimize a aplicação dos recursos existentes.
Poderia eu, nesse momento, aproveitar a oportunidade e reclamar de políticos locais ou da aplicação de ações oportunistas e de ocasião por parte dos gestores municipais que apenas minimizam os problemas que aparecem, quando muito. Acrescentaria, ainda, que gostaria de ver os ocupantes de cargos públicos municipais, aqueles que são bem remunerados, reclamando menos e fazendo mais, aliás, os mesmos que, nos discursos de campanha eleitoral, nos colocam – nós, eleitores/moradores – que o caminho para o paraíso estará lançado logo após a posse.
Prefiro, porém, mesmo constatando que minhas opiniões e visão da cidade são as mesmas de muitos outros moradores – e cito, como exemplo, a edição da revista Muito, da edição de domingo passado do jornal A Tarde -, encontrar respaldo na beleza natural da cidade, no fascínio que ainda mantém e até nos versos de Gonzaguinha na música “O Que É, O Que É?” que bem poderiam se aplicar à cidade ao declarar “devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita...é bonita, é bonita e é bonita”, para ser mais um a cantar o devido “Parabéns Pra Você”, Salvador.
Cidades Ecologicamente Corretas
Tem uma frase que para mim é pertinente e que diz que se um exemplo é bom e resultou em sucesso, deve ser copiada e se é ruim, descartada. A frase faz sentido em relação à base de conhecimentos gerada por um projeto. Sendo assim, as cidades consideradas modelo deveriam ser estudadas por outras cidades para eventual aplicação das práticas e políticas adotadas.
Cidades-modelo são classificadas por uma combinação de critérios que incluem planejamento urbano e estatísticas ambientais. Fontes de energia, consumo e emissão de poluentes e opções de transporte. A maioria das listas também computa áreas verdes e outros itens ecológicos como a reciclagem.
Nas áreas urbanas há grande volume de pessoas, muito tráfego, lixo e poluição atmosférica. Cerca de 75% da energia mundial é consumida nas cidades. As cidades ecológicas buscam encontrar um equilíbrio entre a administração de suas necessidades atuais e o não comprometimento do futuro da cidade (e do meio ambiente).
A seguir, duas cidades ecologicamente responsáveis, líderes em suas inovações e na defesa do meio ambiente.
Portland, Oregon
Portland fica na costa pacífica dos Estados Unidos, e possui pouco mais de 500 mil habitantes. A cidade é um modelo de vida sustentável, há décadas, combinando espaços urbanos e naturais de maneira inteligente. Oferece cerca de 36 mil hectares de áreas verdes, entre as quais 119 km de velódromos, pistas de corrida e trilhas, e estabeleceu um limite para o crescimento da área urbana com o intuito de proteger os 10 milhões de hectares de florestas e fazendas da região
Portland apresenta 50 edifícios que cumprem ou excedem os padrões de sustentabilidade e sua combinação de áreas comerciais e residenciais é propícia aos pedestres e ao uso de bicicletas - um quarto dos trabalhadores da cidade vão a seus empregos de bicicleta.
Vancouver, Canadá
Vancouver é uma cidade costeira com mais de 560 mil habitantes, e foi escolhida pela revista "Economist" como a cidade mais habitável do mundo. A cidade tem em operação um ambicioso plano de 100 anos para promover vida limpa e ecológica e, além disso, como parte de seu programa de promoção da eficiência energética, Vancouver adota tecnologias emergentes como compactadores de lixo acionados por energia solar capazes de reter cinco vezes mais detritos que uma lata de lixo normal do mesmo tamanho (o que reduz a presença de caminhões de lixo nas ruas, e as emissões por eles geradas).
Maria Colenso. "HowStuffWorks - Cinco cidades ecologicamente corretas". Publicado em 02 de setembro de 2008 (atualizado em 26 de janeiro de 2009) http://ambiente.hsw.uol.com.br/principais-cidades-verdes5.htm (28 de março de 2012).
IDH de Salvador – Comparação
Um estudo do Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador apresentado em 2006 mostrou que a Região Metropolitana de Salvador reúne localidades com condições de vida tão díspares quanto as da Europa e da África. A região, na média, apresenta um padrão de desenvolvimento humano similar ao da Colômbia, mas alguns locais têm indicadores melhores que os da Noruega e outros apresentam uma situação pior que a da África do Sul.
Apesar das diferenças metodológicas entre o cálculo do IDH para os países e o do IDH-M dos bairros e grupos de bairros da Grande Salvador foi possível demonstrar as disparidades internas da região. Quatro localidades tinham um índice superior ao da Noruega (0,965 no ano de 2004):Itaigara (0,971), Caminho das Árvores-Iguatemi (0,968), Caminho das Árvores/Pituba-Rodoviária, Loteamento Aquárius (0,968) e Brotas-Santiago de Compostela (0,968). Pituba-Avenida Paulo VI, Parque Nossa Senhora da Luz, apresentava índice igual ao norueguês.
Na ponta de baixo da lista, Zona Rural-Areia Branca, CIA Aeroporto-Ceasa (0,652) e Aratu/Cotegipe/ Mapele/ Palmares/ Santo Antonio do Rio das Pedras (0,652), em Simões Filho, tinham um índice equivalente ao do Tadjiquistão, na Ásia Central, e pouco pior que o da África do Sul (0,653) e o de Guiné Equatorial (0,653) — países que ocupavam, respectivamente, a 122ª, 121ª e 120ª posição no ranking global do IDH de 2004.
O IDH-M da região metropolitana em 2004 (0,791), era pouco menor que o do Brasil do mesmo ano (0,792). O desmembramento do IDH-M nos três subíndices indicava que a Região Metropolitana de Salvador era melhor em educação e pior em longevidade. O IDH-M Renda era semelhante à Tailândia (entre 65º e 70º lugar no ranking internacional) e ao de municípios como Cabo Frio (RJ), Canela (RS), Parati (RJ), Passos (MG), Peruíbe (SP) e São José dos Pinhais (PR), que ocupam a 439ª posição no ranking nacional do IDH-M Renda. O IDH-M calculado a partir da esperança de vida da região era equivalente ao de Honduras e igual aos de Guajeru (BA) e Ipojuca (PE), 2.534 na listagem brasileira. O IDH-M que leva em conta alfabetização e freqüência à escola ficava equivalente ao do Chile e Cingapura (46º no ranking global) e igual ao de Campo Grande (MS), Santa Tereza (RS) e Sorocaba (SP) — 164 no ranking nacional.
Tim Maia
Canta um de seus inúmeros sucessos, “Chocolate”, em vídeo enviado ao You Tube por: http://www.tvtrama.com.br
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