sexta-feira, 20 de abril de 2012

YPF /Argentina, Google+, Archaopterix e Tom Zé

 

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YPF - Argentina

Estava eu na Argentina, na segunda-feira, 16 de abril, quando a presidenta Cristina Fernandez Kirchner, decretou - em dia histórico, conforme declarou em discurso - a intervenção na petroleira YPF, ex-estatal que havia sido privatizada no governo do ex-presidente Carlos Menen e que se encontrava sob o controle da empresa espanhola Repsol,detentora da maioria das ações, em associação com o grupo local Petersen, pertencente à família Eskenazi.

Pelo noticiário, pude perceber que os argentinos já haviam identificado que o desempenho da YPF era insuficiente diante dos interesses estratégicos do país, isso porque a produção anual de petróleo no país vizinho sofreu reduções expressivas e sucessivas a partir dos anos 2000, enquanto os investimentos da YPF permaneciam os mesmos ano após ano, apesar dos resultados financeiros sempre satisfatórios da petroleira.

Um fato ressaltado nas avaliações feitas por lá, pelos que fazem oposição ao governo atual, porém, é que a reestatização representa que o estado e as províncias argentinas voltarão a ser donos de apenas 30 por cento do petróleo que antes da privatização promovida por Menen era totalmente nacionalizado e estatal. Sem outros argumentos sólidos para se opor à privatização, contudo, os liberais de lá apenas aproveitam para lembrar que o partido Justicialista de Menem e Cristina sustentou o processo de privatizações da década de 1990 e que Cristina Kirchner apoiou esse processo, mas, de verdade, o que me pareceu é que ninguém lá estava contente com a situação da Argentina - nem governo e nem oposição - que passou de exportadora de excedente de petróleo para importadora.

À parte, um aspecto interessante ressaltado em excelente análise que assisti em um canal de TV de lá, é que a família Ezkenazi não tinha recursos próprios para bancar investimentos na YPF e era financiada pela própria REPSOL, sendo que os juros e as parcelas dos empréstimos eram pagos no momemto da distribuição de lucros e dividendos da YPF, o que retirava qualquer isenção do maior parceiro argentino em relação às decisões do acionista principal. À família Esquenazi, aliás, especulava-se que deverá alienar sua parte a outro grupo ou empresa.

Sobre a YPF, essa representava 20 por cento dos lucros da matriz da REPSOL, o que explica a inconformidade dos espanhóis com a expropriação mas, ao mesmo tempo, não justifica a pouca atenção que deram às necessidades e os anseios argentinos. Então, qual seria a razão da empresa espanhola se fazer de míope e não mudar sua política de investimentos na Argentina?

Estarem satisfeitos com os resultados explicaria em parte a atuação da REPSOL, mas eu fiquei especulando comigo mesmo se a verdadeira razão estaria no esgotamento do modelo que há alguns anos foi muito aplaudido por liberais, inclusive aqui no Brasil e que consistia na associação de empresas espanholas com capitais internacionais, para atuação além de suas fronteiras. Consta que, por exemplo, bancos britânicos, entre outros, participaram em investimentos que tinham parte dos recursos financeiros oriundos da poupança dos espanhóis que estava depositada em bancos e que apenas uma outra parte correspondia aos investimentos diretos realizados pelas empresas espanholas atuantes em além-mar.

Ou seja, ou não há mais dinheiro disponível na Europa para sustentar novos investimentos de suas empresas no exterior, ou não há mais empresas ainda com capacidade de se endividar para investir fora do país ou não há mais clima na sociedade europeia para apoiar investimentos que exportam capital de seus países.

Sendo isso ou não, uma constatação é que, hoje, o capital que foi expatriado da Espanha, na onda neoliberal que varreu o mundo entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, está fazendo falta lá, quando aquele país passa por um período de recessão econômica e escassez de recursos financeiros para investimentos, com forte impacto na vida dos habitantes.

Ainda - e para se ter uma noção da questão estratégica que certamente embasou a decisão do governo argentino -, 90 por cento da energia da Argentina tem origem no petróleo e gás e 60 por cento da eletricidade é gerada em usinas térmicas que funcionam com esses combustíveis.

Nota: O prédio envidraçado da YPF - bem novo - de onde saíram apressados os executivos da Repsol logo na manhã da segunda passada, a partir da chegada dos interventores, é um dos mais bonitos de Puerto Madero.

Google+

O Google+, às vezes abreviado G+ e pronunciado Google Plus, é uma rede social lançada em junho de 2011 onde os usuários existentes são autorizados a convidar amigos, que estão acima de 18 anos de idade, para compartilhamento.

Agregando serviços do Google como o Profiles, Google Buzz e Picasa Web, também introduz características novas, incluindo Círculos (grupos de amigos), Sparks (sugestões de conteúdo), Hangouts (chat por vídeo) e Huddles (chat em grupo). No lançamento foi tido como a tentativa da Google de conter a rede social Facebook.

Recursos

Circles - permite aos usuários organizar contatos em grupos de compartilhamento. Através de "Streams", os usuários podem ver as atualizações daqueles em seus círculos, semelhante ao ‘Feed de notícias’ do Facebook. É possível que os usuários postem atualizações, fotos e vídeos, e compartilhem sites.

Hangouts - são lugares usados ​​para facilitar grupo de bate-papo de vídeo (com um máximo de 10 pessoas participando).

Sparks - é um front-end para o Google, permitindo que usuário possam identificar tópicos que queiram compartilhar com outros.

Instant Upload - para dispositivos móveis Android, armazenam fotos ou vídeos em um álbum privado para compartilhar depois.

Huddle - é um recurso disponível para Android, iPhone e dispositivos SMS para se comunicar com os círculos[.

Jogos - reune jogos em HTML5 e Adobe Flash, que podem ser jogados gratuitamente. Alguns jogos disponíveis: Zynga Poker, Bejeweled Blitz, Crime City e Dragon Age Legends[6]

Em relação ao Picasa Web, várias modificações foram feitas por conta do Google+, entre elas: novos álbuns podem ser compartilhados com outras pessoas e fotos de até 2048×2048 pixels e vídeos de até 15 minutos não contam para a cota de armazenamento de 1 GB para os usuários do Google+, criando assim um ‘virtualmente ilimitado’ espaço de armazenamento para usuários móveis.

Archaopterix Fusstar

Um vídeo do engenho voador foi postado no Google+ por um conhecido de algum lugar do mundo:

 

Archaopterix Fusstar

Tom Zé

DVD do programa ‘Ensaio’ da TV Cultura com Tom Zé, restaurado e lancado pela Trama:

 

Tom Zé–“Hein?”

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